VII Seminário do Programa Primeiras Letras reúne professores do Recife para troca de experiências sobre alfabetização

imagem de Guilherme Vila Nova
Evento compartilha práticas inspiradoras e fortalece o processo de alfabetização nas escolas do Recife. Fotos: Kleyvson Santos/PCR

A Rede Municipal de Ensino do Recife está realizando, nesta quarta (9) e quinta-feira (10), na Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire, a sétima edição do Seminário do Programa Primeiras Letras – Conectando Boas Práticas na Alfabetização. Organizado pela Secretaria de Educação, por meio da Executiva de Gestão Pedagógica, o encontro tem como objetivo fortalecer o trabalho nas salas de aula e impulsionar ainda mais o processo de alfabetização na cidade.

O Programa Primeiras Letras é uma das principais ações voltadas para a alfabetização na idade certa e, mais uma vez, abre espaço para que professores compartilhem experiências, troquem ideias e se inspirem mutuamente.

A solenidade de abertura do VII Seminário contou com a participação da secretária executiva de Gestão Pedagógica, Ana Selva, que destacou a importância desse momento de diálogo e aprendizado coletivo. “O seminário é um momento marcante no nosso calendário. Ele dá início a um trabalho anual voltado à alfabetização e tem um papel fundamental na formação dos professores. Trazemos especialistas para debater o processo de alfabetização, desde a pré-escola até os anos iniciais do ensino fundamental, além de socializarmos práticas pedagógicas já vivenciadas nas nossas unidades. É um espaço de aprendizado e inspiração, onde cada detalhe, desde a organização do ambiente até as propostas apresentadas, reforça o compromisso com uma educação de qualidade”, disse.

Na sequência, com foco na Educação Infantil, a professora Catarina Gonçalves trouxe reflexões sobre estratégias de leitura e escrita no processo de alfabetização. “É fundamental dialogar com professores da Educação Infantil sobre a essência do trabalho pedagógico e a relação com as crianças. Quem são essas crianças? Como vivem suas infâncias? Como criar contextos de aprendizagem que respeitem seus direitos? Estamos conversando sobre isso. Na palestra, destaco a importância de integrar brincadeira e alfabetização, mostrando que é possível garantir o direito de brincar enquanto se constrói um ambiente letrado, onde a criança pense sobre a escrita e a leitura de forma natural”, enfatizou Catarina.

Um dos momentos mais esperados do encontro é o espaço dedicado ao relato de experiências vividas por educadores das creches e escolas municipais. Destaque para o projeto Construção coletiva do ambiente alfabetizador, da professora Giovana de Almeida Vieira, da Creche Municipal Bernard Van Leer. “Com essa prática, busquei fortalecer o sentido e a funcionalidade do espaço que nos acolhe todos os dias. Ao socializá-la com meus colegas, quero destacar que um ambiente alfabetizador vai além da decoração, ele é um recurso pedagógico contextualizado e cheio de significado”, destacou. É uma prática que faz com que as crianças se sintam ativas durante todo o processo. “Esse espaço despertou a curiosidade, a reflexão e o interesse das crianças pelo sistema de escrita”, concluiu.