Profissionais de educação do Recife participam de oficinas práticas sobre competências digitais

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Professores, gestores e coordenadores botaram a mão na massa e desenvolveram atividades sobre tecnologia. Foto: Paulo Melo/PCR

Após o período da manhã, totalmente destinado ao aprendizado teórico no Seminário de Competências Digitais, através de palestras informativas, foi o momento de os professores, coordenadores e gestores partirem para a parte prática, com a realização de oficinas sobre prática pedagógicas inovadoras, realidade aumentada e realidade virtual, criação de histórias, jogos e animações com scratch, programação com o Octoplay, cultura digital, educomunicação e desinformação e curadoria de recursos educacionais digitais. As atividades práticas também foram realizadas na sede da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), em Boa Viagem. 

Os profissionais puderam escolher, dentre as oito opções de oficinas, a que consideravam mais importante para participar com base nas suas próprias necessidades e nível de competências digitais. “Essas oficinas nos ajudaram muito porque abriram os nossos horizontes e nossa visão sobre o uso das tecnologias. A forma como os conteúdos foram passados foi muito interessante, com uma comunicação dinâmica, clara e informativa. Estou ansiosa para trabalhar com os meus alunos o que foi aprendido durante todo o dia. Já fazia uso de jogos educativos que englobavam todas as disciplinas. Agora vou poder usar outros recursos que aprendi para incrementar ainda mais a minha aula”, comemorou Débora Costa, professora dos grupos IV e V da Escola Municipal Josefina Marinho, no Alto José do Pinho. A docente fez parte da turma que participou da oficina “Educomunicação e desinformação”. 

Para Ana Dal Fabbro, gerente geral de Inovação e Tecnologia do Recife, este segundo momento serviu como um complemento perfeito dos aprendizados adquiridos durante toda a manhã. “A ideia das oficinas é ser uma etapa de inspiração, de essas pessoas conseguirem ver o potencial que a tecnologia tem para o aprendizado dos nossos estudantes em sala de aula. Foi o momento de realizar um grande apanhado de todas essas possibilidades pedagógicas e desses profissionais sentirem como será o Programa de Formação em Competências Digitais. Foi muito importante ter esse momento de mão na massa, sem ser só aquela coisa tradicional expositiva", destacou.  

Coordenador de Projetos da Sincroniza Educação - instituição educacional com sede em São Paulo -, Tiago Monteiro ficou responsável por ofertar as atividades da oficina de Práticas Pedagógicas Inovadoras, uma nova maneira de repassar os conteúdos e as informações dentro das unidades escolares, fazendo uso das tecnologias nas aprendizagens. “Com esse momento de pós pandemia a gente precisa entender que a sala de aula deve trazer essas questões que foram aprendidas nesses dois anos de atividades remotas para que a gente consiga inserir as tecnologias educacionais digitais de uma maneira que possua uma intencionalidade pedagógica. Não é só utilizar como um único meio, mas como uma possibilidade para que os alunos possam se engajar no processo de aprendizagem e para que professores possam conhecer outros recursos e tecnologias que sustentem, apoiem e facilitem o trabalho deles com os estudantes”, explicou Tiago.

O Seminário de Competências Digitais dá início a uma parceria da Secretaria de Educação do Recife com a Fundação Telefônica Vivo e Instituto Natura, em uma coalizão de parceiros que busca estruturar uma política de formação focada no desenvolvimento de competências digitais para professores. Recife é o primeiro município a receber a iniciativa, que acontece logo após os professores da rede municipal receberem novos notebooks e equipamentos eletrônicos para serem utilizados nas unidades escolares. O conhecimento do tema se faz ainda mais necessário com a consolidação do modelo de ensino híbrido, que une atividades educacionais no formato presencial e virtual.

“Este é um momento muito importante para as escolas, porque todas estão sendo equipadas com diversos recursos e materiais tecnológicos, então precisamos de conhecimento e informações de como utilizá-los da melhor maneira em prol da educação. Tenho certeza de que essas formações serão um diferencial nas nossas escolas. No momento em que participamos das atividades já vamos sonhando com o que vamos implementar nas nossas salas de aula”, acrescentou a gestora da Escola Municipal Jader Figueiredo, do Engenho do Meio, Karina Araújo.

 
Fotos: Paulo Melo/PCR