Palestra e exibição de filmes marcam a programação da Escola Municipal Nilo Pereira na Semana da Pessoa com Deficiência

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Na programação da escola, haverá palestra, cinema e oficinas de pintura. Foto: Alice Marques/Detec

O terceiro dia da Semana da Pessoa com Deficiência começou animado na Escola Municipal Nilo Pereira, localizada no bairro de Casa Amarela. Com 40 dos seus 436 estudantes tendo alguma deficiência, dentre elas paralisia cerebral e graus de autismo, a escola abordou a temática com faixas, cartazes e exibição de documentário sobre diferenças.

Cerca de 27 pessoas, entre professores e alunos, assistiram, pela manhã, à palestra de Adilza Gomes, coordenadora do núcleo de Tecnologia Assistiva da diretoria executiva de Tecnologia na Educação, sobre Tecnologia Assistiva e Inclusão. O intuito da palestra era orientá-los sobre como a tecnologia pode ajudar a pessoa com deficiência. "A maioria de nós aqui tem alguma deficiência. Quem usa óculos, por exemplo, já tem, em algum grau, uma deficiência visual", explicou Adilza.

Um dos momentos da palestra incluiu a demonstração dos aplicativos assistivos presentes no tablet recebido pelos professores da rede. Os aplicativos possuem diversas ferramentas que facilitam a vida e a comunicação entre alunos com deficiência e professores. Dentre eles, temos os aplicativos de matemática Ler e Contar e Rei da Matemática; o Giulia, para surdos; o Livox, que auxilia na comunicação; Produzindo Textos, que treina o português; Partes do Corpo Humano, de ciências e o NVDA, aplicativo leitor de tela.

Uma das ouvintes mais empolgadas durante as demonstrações era Maria Lúcia -- mais conhecida como Lu, de 46 anos, deficiente visual. Ex-aluna da escola, Lu relatou que durante sua infância sua mãe não encontrou uma escola que tivesse estrutura para acolhe-la. Apenas aos 16 anos, Lu conseguiu estudar e se alfabetizar. "Era muito triste não poder ir pra escola", disse Lu, que concluiu o sétimo e o oitavo ano na Escola Municipal Nilo Pereira e que, desde então, como afirmou o gestor George Pereira, se tornou a "guardiã" da escola. 

Para auxiliar os 40 alunos com alguma deficiência, a Escola Nilo Pereira conta com uma sala especial dedicada à educação complementar e individual desses estudantes: é a Sala de Recursos Multifuncionais. Com duas professoras, Fátima Tavares e Marilourdes, a sala é repleta de materiais educacionais adaptados para promover um melhor desenvolvimento motor, intelectual e educacional dessas crianças. Um desses alunos é o Albert, de 16 anos, que tem paralisia cerebral e assistia atentamente ao documentário exibido antes da palestra. Para sua mãe, Antônia Pereira, a Sala de Recurso tem sido um reforço na educação do Albert. "Ele melhorou muito", afirmou a mãe.

Ainda dentro da programação da semana da pessoa com deficiência, a escola também vai promover na sexta- feira (25) uma sessão de cinema com audiodescrição, dinâmica com professores com uso de cadeira de rodas e bengala com olhos fechados e Oficina de Pintura Criativa sem as Mãos. 

 

Fotos: Alice Marques/Detec