Novos agentes de apoio ao estudante com deficiência passam por formação

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Atividade acontece até a quinta-feira (14), na Efaer, com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos AADEEs sobre sua área de atuação.Foto: Lú Streithorst/PCR

A Prefeitura do Recife realiza, durante essa semana, atividades de formação para mais 44 Agentes de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEEs), aprovados no concurso público feito em 2015. O trabalho, coordenado pela Secretaria de Educação, teve início nesta segunda (11), na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife (Efaer) Professor Paulo Freire, na Madalena, e continua até a próxima quinta (14). Até agora, 150 AADEEs concursados foram convocados, dos quais 78 já estão lotados nas unidades da rede municipal de ensino do Recife.

O cargo de AADEE foi criado na atual gestão, para garantir todo o apoio necessário aos alunos com deficiência. Os profissionais acompanham os estudantes na chegada e na saída da escola, durante as aulas e no intervalos. Eles também auxiliam os alunos a se locomover e executar as atividades escolares. Os agentes ainda ajudam nas atividades de higiene, troca de roupa e fraldas, além de zelar pela manutenção dos materiais utilizados para alimentação e higiene.

A abertura da formação foi feita pela chefe da Divisão de Educação Especial, Lauricéia Tomaz. "Nós formamos um exército que rema contra a maré da exclusão. E vocês, a partir de agora, fazem parte dessa tropa. Aproveitem a oportunidade para crescer e viver a diferença", afirmou, lembrando a todos que qualquer pessoa pode ter um parente com deficiência. "Cada uma dessas crianças têm suas especificidades e vocês estão aqui para quebrar paradigmas. É muito bom perceber a importância que o trabalho dos agentes tem para os alunos", ressalta Lauricéia.

SOLIDARIEDADE - Com formação em Letras, o AADEE Eduardo Farias já tinha experiência na área de educação, só que no setor privado. "Agora estou me deparando com uma nova realidade. Fui lotado na Escola Municipal Karla Patrícia, em Boa Viagem, e em pouco tempo de trabalho já notei uma grande solidariedade dos alunos com os colegas com deficiência, o que dificilmente aconteceria numa escola particular", compara. Na avaliação de Eduardo, os estudantes realmente abraçam a ideia da inclusão. "Isso facilita nosso trabalho. Tem aluno que perde o recreio para me ajudar", acrescenta.

Por sua vez, o agente Wilson Borges é formado em Engenharia Civil e acaba de ser lotado na Escola Municipal de Tejipió. "Espero crescer como pessoa e como profissional. Nosso papel é reintegrar os alunos com deficiência no processo de aprendizagem", analisa. A formação, que incluirá também atividades no auditório do SAMU, tem o objetivo de ampliar os conhecimentos dos profissionais sobre sua área de atuação.

 
Foto: Lú Streithorst/PCR