Estudantes realizam exposição fotográfica com reflexões sobre racismo e cultura de paz

imagem de Guilherme Vila Nova
O projeto contou com a participação das Escolas Municipais Sítio do Céu, Jader Figueiredo, Artista Plástico Cícero Dias, Reitor João Alfredo e Maria Sampaio; ação aconteceu no Teatro Barreto Júnior. Foto: Kleyvson Santos/PCR

Com foco nas reflexões sobre racismo e cultura de paz, estudantes da rede realizaram a exposição fotográfica “Racismo e suas subjetividades”, projeto de fotografia e bullying promovido pela Unidade de Atendimento Social e Emocional (UASE), por meio do Programa Educação que protege. A culminância do projeto aconteceu na tarde da última quarta-feira (9), no Teatro Barreto Júnior, envolvendo as Escolas Municipais Sítio do Céu, Jader Figueiredo, Artista Plástico Cícero Dias, Reitor João Alfredo e Maria Sampaio.

O projeto nasceu da necessidade de combater o racismo presente nas escolas e promover a conscientização entre os estudantes. Com a proposta de levar palestras educativas, o objetivo é discutir o racismo, a importância da valorização da pessoa negra e como os alunos podem se tornar protagonistas de suas próprias vidas, superando barreiras e alcançando novos patamares, independentemente da cor da pele. As rodas de conversas abordaram temas como a origem histórica do racismo, a identidade negra e a realidade atual do Brasil, buscando fomentar uma reflexão profunda sobre esses temas nas escolas.

Nas unidades de ensino participantes, o projeto foi dividido em etapas. Em um primeiro momento, os estudantes acompanharam palestras sobre temas essenciais como bullying, racismo, autocuidado e negligência. Em seguida, foram realizados os ensaios fotográficos com os próprios alunos, que foram clicados pelas lentes sensíveis do fotógrafo Ismael Holanda. A proposta principal foi usar a fotografia como uma poderosa ferramenta antirracista, promovendo autoestima, identidade e pertencimento entre os jovens.

"A fotografia funciona como um espelho, é através dela que o aluno consegue enxergar de fora, se perceber externamente. O nosso trabalho vai além de um simples clique, é sobre criar uma conexão entre o aluno e ele mesmo. Cada fotografia carrega uma história, e para contar essa história, a gente conversa, entende onde ele mais se identifica dentro da escola, e juntos vamos construindo essa imagem, que é tão única quanto ele", disse Ismael. 

O projeto também teve momentos de reflexões profundas sobre o enfrentamento ao racismo, a importância da empatia e o fortalecimento de uma cultura de paz nas escolas e na sociedade. Isabel Santos, é auxiliar de coordenação do Programa Educação que Protege, esteve à frente de toda a ação e se emocionou quando viu o resultado. "Quando eles se veem nas fotos, muitos duvidam: 'Isso não sou eu'. E a gente responde com firmeza: 'É sim. É você'. Porque ali, naquela imagem, está a força, a beleza e o potencial que muitas vezes eles não enxergavam. Esse projeto não é só sobre fotografia, é sobre identidade, autoestima e poder de transformação”, falou.

O encerramento do projeto contou com a participação de todos os estudantes envolvidos. “Nossa! Eu estou achando lindo, cada foto muito bonita”, comentou Alice Sophia, de 10 anos, da Escola Municipal Sítio do Céu. Na saída, cada estudante fotografado recebeu a sua foto para guardar de recordação. A iniciativa reforça o compromisso da rede de ensino com uma educação mais inclusiva, crítica e sensível às questões sociais.