Estudantes da Rede Municipal do Recife participam de atividades culturais do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores
O cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu, nesta segunda-feira (13), o pontapé inicial do projeto para atividades culturais do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, que consiste em destacar o papel da literatura e da criação dos movimentos culturais da cidade. Nesta ação, a iniciativa tem como tema “Pernambuco embaixo dos pés e minha mente na imensidão”, homenageando os 30 anos do Movimento Manguebeat, que tomou o Recife na década de 90.
A programação, que seguirá até meados de outubro, teve início com um ciclo de conversas. A roda contou com a participação do jornalista José Teles, de Neilton Carvalho, que é artista plástico, e do músico Marconi de Souza Santos, conhecido popularmente como Canibal. O debate foi acompanhado por estudantes do 9ª ano e professores de cinco escolas da Rede Municipal do Recife. São elas: E.M Oswaldo Lima Filho, Antônio de Brito Alves, Pedro Antônio Henrique, Luiz Vaz de Camões e Reitor João Alfredo. Ao todo, 130 alunos estiveram presentes.
“São ações como essa que desenvolvem mais a nossa inteligência no meio artístico, pois a música é uma forma muito importante da gente se informar e se expressar. É um aprendizado grande, não só intelectual, como cultural. Na sala de aula estamos acostumados a ver aqueles assuntos tradicionais, mas quando saímos da escola temos acesso a conteúdos que também acrescentam muito”, destacou Gabriel Fillipe, de 15 anos, estudante da Escola Municipal Antônio de Brito, da Mustardinha.
A roda de diálogos seguirá durante o mês de junho, sendo realizada nos dias 20 e 27 de junho. Na primeira data, com as presenças da cantora e compositora, Isaar França, e do músico José Lúcio Bezerra Júnior, o Mestre Abissal. Já no dia 27, o bate-papo será com o produtor cultural Paulo André, que lançará o livro “Memórias de um motorista de Turnês”, com Roger de Renor e Ermiro Augusto de Souza Júnior.
A ideia é realmente resgatar a dimensão afetiva do movimento MangueBeat na construção da identidade do sentimento de pertencimento do povo recifense. Além dos ciclos de conversa, a programação ainda conta com visitas a espaços culturais, oficinas de música, artes visuais e corporais, exposições e apresentações culturais das escolas participantes.
“O Programa Manuel Bandeira tem o objetivo não somente de fomentar a leitura, mas também de trazer o professor e o estudante para conhecer novas formas de letramento. E esse é um espaço que a gente proporcionou com esse objetivo, de trazer o que é trabalhado dentro da sala de aula para os muros fora da escola, para que eles tenham contato com outros universos de conhecimento”, acrescentou Élida Noya, gestora do programa.
