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Estudantes de dez turmas do 6º ao nono ano da Escola Antônio Heráclio, em Água Fria, comemoraram em grande estilo a chegada do Halloween, festa que comemora o dia das Bruxas. O evento realizado no último dia 1 de novembro, fez parte do conteúdo programático das aulas de inglês, ministrada pela professora Adalgisa Xavier.

Após meses de discussão e um processo trabalhado em sala de aula, os alunos levaram uma semana para reproduzir a ambiência do Halloween dentro de uma sala de aula da unidade, que virou a ‘Casa do Terror’. Estudantes e professores recolheram material reciclável, reaproveiraram objetos de outras matérias como o esqueleto da aula de ciências, recolheram madeira para confeccionar o caixão e armaram um cenário de arrepiar.

O evento se dividiu em duas etapas. Durante a manhã, os alunos puderam vivenciar a atividade “tricks or treats” ou brincadeiras e travessuras, dentro da casa do terror. No passeio os alunos puderam entender a história do Halloween, o significado de seus símbolos e suas lendas. À tarde, as turmas fizeram apresentações musicais e de dança, todas em inglês. Com coreografia desenvolvida pelos próprios estudantes, a atividade fez sucesso e arrancou gritos e aplausos.

Há três anos à frente da disciplina de Língua Inglesa no colégio, a professora Adalgisa buscou um processo dinâmico para envolver os alunos. “Ouvia muitas reclamações que as aulas eram monótonas, então vi que era preciso algo a mais para despertar o interesse deles. Começamos com uma coisa minúscula, mas hoje, com o envolvimento de toda a escola pudemos montar uma bela festa e pudemos ver nos olhos deles a satisfação de organizar e vivenciar uma ação construída por eles”, conta a professora.

E quem pensa que o Haloween ficou só nas aulas de inglês se engana. A professora Jane Felix, de Matemática foi a grande parceira das aulas. Para a montagem do caixão por exemplo, os alunos puderam vivenciar, na prática noções de volume, medidas e 3D. Os alunos João Vitor, Ryan Santos e Matheus Guimarães de 17 e 16 anos, respectivamente, do nono ano, contam que a didática ajudou na matéria. “Acho que fica muito mais fácil quando a professora aborda um tema que todos gostam porque chama mais atenção e ajuda principalmente no desempenho da matéria. Estamos tristes porque próximo ano vamos sair da escola. Fico pensando se na outra escola vai ter, porque é algo que gostamos de fazer”, conta Matheus.

Mas não foram só os estudantes que curtiram a data festiva. Os ‘cãolegas’ Júlio e Júlia, casal de cachorros adotados pela Antônio Heráclio para aprimorar os laços afetivos, sociais e motores dos estudantes com deficiência também entraram no clima. O projeto Cãolega teve como ponto inicial o carinho e a amizade que todos os alunos demonstravam por dois cães vira-latas que costumavam "visitar" a unidade de ensino, que foram "batizados" de Júlia e Júlio e passaram a conviver no dia a dia com todos os 400 alunos da escola, em especial os 30 com deficiência.