Da Natureza à Mesa: e-book traz receitas práticas e com foco no aproveitamento integral dos alimentos

imagem de Paulo H
Lançamento do livro integra programação da Semana Municipal de Alimentação Saudável

A sociedade tem passado por mudanças nos padrões de vida, assim como nos comportamentos alimentares. Isso vem ocorrendo devido ao crescimento populacional e ao aumento da urbanização, que ocasionou uma maior busca por consumo de alimentos fora de casa, com preferências em alimentos processados e ultraprocessados, mais comumente conhecidos como alimentos industrializados. Pensando nisso, a equipe de nutricionistas da Gerência Geral de Alimentação Escolar (GGEAL) preparou um e-book “Da Natureza à Mesa” com receitas práticas e com foco no aproveitamento integral dos alimentos. O livro integra a programação da Semana Municipal de Alimentação Saudável, que segue até a próxima sexta-feira (4). 

Com a necessidade de aumento na disponibilidade de bens de consumo e de serviços, em especial no setor de alimentação e nutrição, o Brasil, um dos maiores exportadores de produtos agrícolas e alimentícios do mundo, possui um importante papel na prestação desse serviço. Em contrapartida, em muitas residências brasileiras, o acesso a uma alimentação adequada, em qualidade e em quantidade, ficou reduzido e um dos fatores que contribuem para essa realidade é o desperdício dos alimentos.

“O e-book tem como objetivo principal estimular o hábito alimentares saudáveis, pois aproveitar os alimentos de forma integral é muito mais simples do que se parece, sem contar que esta prática ajuda o meio ambiente”, diz Sandra Saraiva, nutricionista da GEEAL e uma das autoras do livro.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), aproximadamente metade de todo o desperdício mundial de alimentos ocorre ao longo de toda a cadeia de abastecimento alimentar, desde a produção agrícola até o consumo das famílias. Nesses locais, responsáveis por essas etapas do processo como os restaurantes, o alimento é produzido e descartado em grandes quantidades, por não estar de acordo com os padrões de controle de qualidade.  Além disso, o desperdício pode ocorrer pelos consumidores porque simplesmente não sabemos como encaminhá-los a quem precisa ou como utilizá-los nas refeições.

E uma alternativa que ganhou força nas últimas décadas foi a do aproveitamento integral dos alimentos (AIA), que é a utilização de matérias-primas de produtos perfeitamente passíveis de serem incluídos na alimentação, como folhas, talos, cascas e sementes e, que devido a fatores socioculturais, ainda não é um hábito praticado com frequência pela população.

Quando se minimiza o rejeito dos alimentos, e principalmente destas partes não convencionais, se diminui o acúmulo de lixo orgânico na natureza, contribuindo de forma positiva na conservação dos recursos naturais. Além de tudo, estas partes não convencionais são ricas em vitaminas e minerais que podem suprir carências e/ou complementar dietas alimentares de toda população. Vários estudos vêm evidenciando que o teor de alguns nutrientes na casca e nos talos é ainda maior do que na polpa dos alimentos.

Clique aqui e acesse o e-book “Da Natureza à Mesa”